terça-feira, 17 de janeiro de 2017




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Serenata Encantada



Eles se conheceram há muito tempo atrás, onde o bairro de Vila Ouro era só árvores e os carros eram fortes cavalos marrons e negros.
Agora aquele lugar estava diferente, completamente modernizado: asfaltos, luz elétrica e semáforos.
O estresse e a poluição da cidade pareciam sugar o clima romântico que dantes pairava ali.
-Pirilampa, apareça-me!- Gritava um belo jovem trajando uma roupa sob uma capa nitidamente ultrapassada há séculos.
Aquele era um teatro bucólico romantizado. A verdade é que, todos os anos, no dia 12 do mês de agosto a mesma cena se repetia. Por que isso acontecia? Essa é uma história que estou prestes a contar.
Tudo começou com uma jovem chamada Mariah. Ela era muito sonhadora. Todas as noites olhava para o céu e fazia um pedido:
- Desejo encontrar o cavalheiro dos meus sonhos e viver com ele para sempre!
Assim, na noite do dia 12 de agosto de 1420 a moça pôs-se a cantar e um jovem cavalheiro que passava apaixonou-se pela bela voz que ouviu.
Então, para chamar a atenção da moça, começou a cantar a mesma canção que ela, em forma de serenata. Logo, depois de muitos sorrisos e retornos do rapaz, perceberam que não poderiam mais ficar separados.
Em pouco tempo casaram-se e viveram muito tempo juntos, até que recolheram-se para um lugar onde a matéria não morre.
Há, mas sua história não poderia ir com eles desta vida, não, não poderia. Por isso, para que inspirasse seus descendentes, uma das três filhas do casal teve uma ideia: Ela decidiu encenar com seu esposo, a serenata do dia em que seus pais se conheceram, no dia 12 de agosto. E, foi o que fizeram.
Logo, essa tradição familiar foi passando de geração a geração, até os dias de hoje, onde é possível ver a cada 12 de agosto, a encenação da "Serenata Encantada"pelos descendentes de Rodolfo e Mariah, para que a serenata que iniciou muitas vidas jamais morresse.


Karen Rocha

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