quinta-feira, 21 de abril de 2016




Contos de Fado



Num belíssimo Castelo de contos de fado.... 
Ah, sim, este termo está certo. Acontece que para eles todas as histórias de princesas são vistas de forma diferente. O cérebro masculino, desde o berço é uma pilha com o pólo positivo e o negativo. A objetividade é uma grande amiga e não são raras as vezes em que por isso minimizam suas idéias. Ou seja, categorizam algo como belo ou feio, sem meio termo; uma princesa loira ou uma morena. Assim, mesmo que existam várias princesas loiras, para eles todas são a mesma pessoa, pois não se prestam a maiores detalhes. 
Exemplificarei o conceito numa história ... 
Uma mãe estava contando uma história de contos de fadas para seus dois filhos gêmeos de seis anos, Alice e Nohan. 
No meio do enredo, a filha sonhadora começou a dormir. 
Mas o sono do menino chegava a galopes lentos, como o Príncipe da história, constratando com sua esperança de mais ação.
No fim da narrativa Nohan perguntou:
- Mãe, já acabou? 
-Sim, querido, vamos dormir. 
-Mãe, posso contar uma? Eu prometo que vou dormir depois. 
Como a mãe concordou meio contrariada, ele começou:
"Num Castelo vivia uma princesa loira que gostava de maçãs."
-A branca de neve não era loira fi... -mas a mãe se conteve ao notar o rostinho ansioso da criança. 
-Claro, é aquela da maçã-continue filho-disse a mãe. 
No meio da história, a princesa tinha tomado proporções de Cinderela dos longos cabelos que gostava de maçãs e anões , mas que depois tornou-se uma bruxa. E no fim, regenerou-se com um beijo de um sapo que virou Príncipe. 
Antes de dormir, naquela noite, a mãe havia aprendido que as emoções masculinos podem ser um bom tempero nas receitas românticas, pois aquele foi o conto mais delicioso que ela já ouvira. 





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