quinta-feira, 21 de abril de 2016






O anel da sorte



Era uma vez um jovem lavrador. Como ele perdera o pai muito cedo, tinha que ser o provedor para ele, para a mãe e para os dois irmãos mais novos. Todos os dias levantava cedinho para colher hortaliças e frutas que seriam vendidas na feira. Mas o rapaz não gostava da tarefa e sempre resmungava:
-Mas que vida difícil. Ser pobre é muito chato. 
Certo dia enquanto saía para vender suas colheitas, deparou-se com um anão que despertou-lhe a curiosidade. Ele era velho e usava uma espécie de bata esverdeada rasgada e os sapatos bem grandes, desproporcionais ao seu tamanho. Sua aparência surrada causou-lhe certa comoção. 
Aproximou-se do pequeno homem e deu-lhe um saco de goiabas. 
O anão muito agradecido ofereceu-lhe algo em troca. Era um anel. Explicou-lhe que ele tinha poderes especiais para realizar um desejo. 
O jovem tomou o presente e guardou-o no bolso. E, antes que pudesse falar algo, o anão mordendo uma das goiabas desapareceu. Logo, o lavrador examinou o anel cuidadosamente aproximando-o dos olhos. Era um metal de brancura extraordinária e no centro havia a seguinte designação:"Faça um pedido". 
Colocou-o no dedo e respirou fundo. 
-Eu desejo ter muito dinheiro. Mas nada aconteceu. Simplesmente começou a sentir uma felicidade que nunca sentira antes. Aquele dia foi um dia de trabalho muito alegre. Vendeu mais que em qualquer outro dia. 
Depois disso, ele começou a trabalhar muito animado. Suas vendas foram dobrando até que percebeu que sua demanda era muito maior do que podia atender. Com o dinheiro da feira, abriu um mercado. E logo tinha vários mercados semelhantes. Assim, tornou-se muito rico e pôde ajudar muito sua família e outras pessoas. 
Passaram-se anos e ele estava no grande jardim de sua próspera casa. Sorrindo, olhou para o anel.
-"O meu duende da sorte-pensou-podia simplesmente tornar-me rico naquele dia, mas ele sabia que assim eu nunca estaria tão feliz quanto estou agora". 

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